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Embora isso possa ser um motivo decepcionante, é também o motivo pelo qual a Nintendo continua a ter muito sucesso em fazer jogos populares e influentes.
A lenda de Zelda o gerente de projeto Eiji Aonuma explicou o que seria necessário para tornar Zelda um personagem jogável em seus próprios jogos.
Aonuma era entrevistado pela Vanity Fair no lançamento de A Lenda de Zelda Lágrimas do Reino. Foi neste contexto que lhe foi feita precisamente esta pergunta. Esta foi a resposta de Aonuma:
“Sentimos que o que tem mais prioridade é essa ideia de jogabilidade. Se acontecer que a jogabilidade particular que estamos tentando concretizar seria mais bem servida com Zelda assumindo esse papel, então é possível que essa seja uma direção que poderíamos seguir. Com isso dito, é claro, porque não temos certeza de qual será a próxima experiência de jogo, não podemos dizer qual será o próximo passo de Zelda.”
Não é uma resposta nova, mas é consistente com o que a Nintendo sempre afirmou no processo de criação de seus jogos. Outros funcionários da Nintendo dirão a mesma coisa sobre os princípios fundamentais de sua bíblia de design; eles primeiro apresentam uma ideia de jogo e, em seguida, constroem um cenário de história em torno dela.
Foi assim que acabaram por fazer o seu mais importante Mário e Zelda jogos. Em vez de usar exemplos que podem passar pela cabeça da maioria das pessoas, no entanto, para entender melhor essa filosofia, seria melhor olhar para alguns jogos mais recentes.
Splatoon, lançado em 2015, é o mais novo dos pilares atuais da Nintendo. Embora todos adorem a ideia de humanóides lulas que passam seus dias atirando tinta uns nos outros, as crianças lulas não faziam parte do projeto original.
Como explicou neste Iwata Asks exaustivo, a ideia realmente surgiu de um brainstorming da ideia de um novo jogo que não era Mário ou Zeldae aproveitaria os recursos exclusivos do Wii U. O primeiro protótipo realmente usava blocos de tofu em vez de lulas, mas a ideia de atirar tinta já estava lá, assim como a ideia de uma tela mostrando o mapa e a outra tela mostrando gameplay.
Quase quarenta anos depois, a Nintendo ainda não teve uma ideia que se encaixasse melhor em um Zelda jogável do que poderia ser modificado para Link. Zelda, é claro, pode ser jogado em outros jogos, principalmente Super Smash Brothers. Embora isso possa ser um motivo decepcionante, é também o motivo pelo qual a Nintendo continua a ter muito sucesso em fazer jogos populares e influentes.
Pessoalmente, acho que a razão de ser para nos dar um Zelda jogável já existe em A Lenda de Zelda Lágrimas do Reino em si. Há um intervalo de tempo entre os eventos do início do jogo e quando Link finalmente encontra Zelda. Enquanto esses eventos são contados para nós, quem pode dizer que não podemos experimentá-los nós mesmos?
A Lenda de Zelda Lágrimas do Reino está disponível agora exclusivamente no Nintendo Switch.
